Tuesday, September 06, 2005

ESTÉTICA: biologia x economia

No final de agosto, o atual governador de Santa Catarina, Luiz Henrique/PMDB, em claro devaneio, publica artigo na imprensa -- http:// an.uol.com.br/2005/ago/28/Oopi.htm -- <<>> onde, quase saudoso, passeia confortável pelos caminhos da ciência biológica moderna e contemporânea, mostrando sensibilidade e emoção.
Inicia sua reflexão pela “eugenia” dos espartanos, envereda pela genética, clonagem, genoma, dna..., mostra tendência à teoria evolucionista e, num piscar de olhos, conclui acreditando que ,doravante , valendo-se da ciência, as pessoas escolherão como nasçam seus filhos.
Nesta semana, também na imprensa, -- http:// an.uol.com.br/2005/set/06/Oopi.htm -- com <<>> o ex-governador Esperidião Amim/PP, de forma acadêmica, pertinente, às vezes caseiro e irônico, todavia racional, manifesta seus conhecimentos econômicos, e expõe sua visão sobre as vindas e idas do capital estrangeiro naquele país vizinho e também aqui no Brasil.
Conduz seu escrito fazendo comparações nos modos e métodos operacionais do comercio externo dos dois países, tendendo, com nitidez, à vantagem portenha na condução da economia externa. Ao fim, empírico, cobra resultados.
Pontos de vista sobre realidades distintas.
O primeiro despertou debates e recebeu críticas do legislativo e da comunidade científica.
O segundo...bem, o segundo ponto de vista demanda oposição. Têm?
À luz da estética:
Há tantas realidades quanto pontos de vista. O ponto de vista cria o panorama.”
José Ortega Y Gasset
A política ocupa-se do que se vê e do que se pode dizer sobre o que é visto, de quem tem competência para ver e qualidade para dizer...”
Jacques Rancière
Vê-se, então, que ambos , cada um a seu modo, procuram o debate antecipado da disputa certa no turno final das eleições de 2006.
Amim representa. Desafia revanche.
Luiz Henrique dissimula. Acaricia o poder longevo.
Não?!

Sunday, September 04, 2005

LITERALIDADE

O homem é um animal político porque é um animal literário que se deixa desviar de sua destinação natural pelo poder das palavras - JACQUES RANCIÈRE